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Março Amarelo: conscientize-se sobre a endometriose, doença que pode afetar a fertilidade da mulher

A endometriose afeta mais de 170 milhões de mulheres em todo o mundo, sabia? Esse número reforça a importância do Março Amarelo, mês de conscientização sobre essa doença, responsável por afetar inclusive a fertilidade.A Associação Brasileira de Endometriose estima que 7 milhões de brasileiras sejam afetadas anualmente.

A principal característica desse problema é a presença de tecido endometrial, que reveste a cavidade endometrial do útero, fora desse órgão, como ovário, peritônio , intestino, bexiga, etc. A endometriose afeta mulheres que menstruam, pois o estrogênio estimula o crescimento do endométrio. A idade, a primeira menstruação precoce, a menopausa tardia, a dieta, o sedentarismo e o histórico familiar de primeiro grau da doença são alguns dos fatores de risco. Além de gerar dores e desconfortos, a doença tem forte relação com a infertilidade pois causa aderências pélvicas e distúrbios hormonais. Estima-se que 25% a 50% das mulheres inférteis apresentem endometriose.

Os principais sintomas incluem cólica menstrual intensa, dores pélvicas, dor durante a relação sexual, fluxo menstrual intenso, alterações intestinais como distensão abdominal e constipação, sangramento nas fezes, alterações urinárias como disúria e infertilidade. A presença dos sintomas e o exame físico são suficientes para suspeitar da doença, mas a ecografia e a ressonância magnética da pelve são importantes para uma avaliação mais detalhada. A videolaparoscopia está sendo indicada para casos em que os exames de imagem estão normais e ocorre falha no tratamento clínico, já que a cirurgia é o padrão ouro para esse diagnóstico.

É essencial controlar os sintomas e melhorar o quadro clínico. Costumam ser indicados tratamentos hormonais, fisioterapia do assoalho pélvico, acupuntura e uso de analgésicos. Caso os sintomas não sejam reduzidos, é recomendada a cirurgia, intervenção que irá remover os focos de endometriose, com o objetivo de restaurar a anatomia e preservar a função produtiva. A doença não tem cura, por isso é imprescindível o acompanhamento ginecológico, recorrendo a técnicas de reprodução assistida para preservar a fertilidade, caso necessário.


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