Adolescente Grvida

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência

De 01 a 08 de fevereiro, acontece a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída pela Lei n° 13.798/2.019. O objetivo é informar a população sobre as medidas preventivas e educativas que reduzem o índice de gravidez nesta faixa etária.

Os adolescentes são as pessoas com idades entre 10 e 20 anos incompletos, representando até 23% dos brasileiros. A gravidez é um problema neste grupo em quase todos os países, sobressaindo-se principalmente nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),a gestação nessa fase é uma condição que eleva a chance de complicações para a mãe, o feto e recém-nascido, agravando problemas socioeconômicos já existentes.

A taxa de gestação na adolescência, em nosso país, fica em torno de 400 mil casos anuais, com 28.244 filhos de meninas entre 10 e 14 anos. Esses dados requerem medidas urgentes. São diversos os fatores que os explicam; porém, a desinformação sobre os direitos sexuais e reprodutivos é preponderante. Questões psicossociais também contribuem para a falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, englobando o uso errado de métodos contraceptivos.

Existem alguns fatores que aumentam os riscos de gestação na adolescência:

- Idade menor que 16 anos ou ocorrência da primeira menstruação há menos de 2 anos, causando o fenômeno do duplo anabolismo, quando há competição entre mãe e feto pelos mesmos nutrientes;

- Altura da adolescente inferior a 150 cm ou peso menor que 45 kg;

- Adolescente usuária de álcool ou outras drogas;

- Gestação decorrente de abuso/estupro ou ato de violência sexual;

- Tentativa de interromper a gestação por quaisquer meios;

- Existência de atitudes negativas quanto à gestação ou rejeição ao feto;

- Dificuldade de acesso e acompanhamento aos serviços de pré-natal e exames de rotina;

- Presença de doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas ou renais, infecções sexualmente transmissíveis)

- Presença de doenças agudas e emergentes como zika e dengue;
-Ocorrência de pré-eclâmpsia ou desproporção pélvica-fetal, gravidez de gêmeos, complicações obstétricas durante o parto;
- Falta de apoio familiar às adolescentes.
O recém-nascido também vai apresentar alguns fatores de risco ou lactantes até o primeiro ano de vida, quando a mãe é adolescente, com probabilidade de prematuridade para idade gestacional abaixo do peso, possíveis anomalias e síndromes congênitas, necessidade de cuidados intensivos e falta de acompanhamento médico pediátrico regular são alguns problemas apontados.
Como prevenir a gravidez na adolescência
A educação é, possivelmente, o principal fator de prevenção, fazendo parte do bem-estar dos adolescentes e jovens ao entenderem a importância do comportamento sexual responsável, o respeito ao próximo, a igualdade e equidade de gênero e a proteção da gravidez inoportuna, sempre aliada à prevenção das ISTs e HIV. Organizações como a OMS e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) orientam que os guias metodológicos e operacionais sejam baseados em princípios e valores dos direitos humanos e sexuais, sem distinções étnicas, de gênero, religiosas, econômicas ou sociais.

Por isso, recorrer a informações científicas e aos cuidados recomendados é fundamental. A garantia do desenvolvimento integral na adolescência é uma responsabilidade coletiva, que também depende da união entre família, escola e sociedade para se articular com órgãos e instituições públicas e privadas, visando à formulação de políticas públicas de atenção integral à saúde. Nós, da Clínica Herter, aderimos a essa causa e compartilhamos informação para prevenir! Saiba como aqui.


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