Gravidez Adiada

Ministério da Saúde recomenda que mulheres adiem a gravidez até melhora da pandemia

 

Raphael Parente, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, pediu, na última sexta-feira (16 de abril), para que mulheres adiem a gravidez até que a pandemia melhore. A recomendação é de que, caso seja possível, a gestação seja postergada para um momento mais tranquilo, principalmente no caso de mulheres jovens.

A justificativa do pedido está relacionada com o fato de que a gravidez é, por definição, uma condição que favorece a trombose, responsável por formar coágulos no sangue. A covid-19 também pode desencadear este quadro, o que torna a gravidez ainda mais perigosa. No ano passado, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) já havia alertado que grávidas corriam mais risco de desenvolver formas graves da doença.

Parente reforçou que mulheres grávidas com comorbidades têm recomendação de receber uma vacina contra a covid-19,, assim como as grávidas que não são portadoras de doenças, após avaliarem riscos e benefícios. A vacinação deve seguir o calendário dos grupos prioritários, disponível no Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19. Segundo as novas orientações, é indicado que as gestantes com as seguintes condições prévias recebam a vacina:

-Diabetes;
-Hipertensão arterial crônica;
-IMC maior ou igual a 30 (obesidade);
-Doença cardiovascular;
-Asma brônquica;
-Imunossuprimidas;
-Transplantadas;
-Doenças renais crônicas;
-Doenças autoimunes

Mulheres lactentes e no puerpério também podem se vacinar, desde que façam parte dos grupos prioritários. As grávidas e lactantes devem ser apoiadas por sua decisão, seja de vacinar ou não, sendo instruídas a manter as medidas de proteção como a higiene das mãos, uso de máscara e respeito ao distanciamento social. Se forem vacinadas, as lactantes devem continuar o aleitamento.


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