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Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna: o que precisamos saber?

Em 28 de maio, comemora-se o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. A mortalidade materna é um importante indicador da qualidade de saúde ofertada para as mulheres, sendo também influenciada pelas condições socioeconômicas da população. Em média, segundo dados do Ministério da Saúde, 40% a 50% dos casos podem ser considerados evitáveis. 

 

O atraso no reconhecimento de condições modificáveis, na chegada ao serviço de saúde e no tratamento adequado está entre as principais causas das altas taxas de mortalidade materna para as brasileiras. Neste sentido, é de extrema relevância que os diferentes setores da sociedade atuem em conjunto para distribuir informações de conscientização para mudar essa realidade. Um dos principais objetivos é relacionado ao pré-natal, que visa à garantia do bem-estar materno.  Na fase puerperal, os cuidados devem continuar. Para isso, as equipes de saúde devem acolher a mulher desde o início da gravidez, acompanhando-as e tratando as principais causas de morbimortalidade materna e fetal. 

 

A marcação das consultas deve ser ágil e fácil. O atendimento deve priorizar a ótima qualidade, com exames rapidamente realizados. A equipe também deve atentar para a vacinação e o estado nutricional da gestante, rastreando precocemente doenças como o câncer de colo uterino. Após o parto, é fundamental garantir o acompanhamento da mãe e da criança durante o puerpério. Assegurar um acompanhamento nessas fases de alta qualidade, acessível e próximo ao domicílio da gestante é um grande passo para reduzir a mortalidade materna. 

 

Câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade são outras questões relevantes que afetam o sexo feminino. Esse quadro é atribuído em parte à dupla jornada feminina: trabalho e atenção à família, fazendo com que muitas deixem, inclusive, de fazer os exames periódicos preventivos.

 

Dados do Ministério da Saúde mostram que de 1990 a 2015 houve uma queda de 58% na mortalidade materna, passando de 143 para 60 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. Para efeitos de comparação, no Japão, por exemplo, a proporção é de seis óbitos de mulheres por 100 mil nascidos vivos, conforme informações da Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.. Conscientizar sobre a saúde da mulher deve ser uma prioridade praticada por todos os profissionais da saúde, 



Fontes: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde e Febrasgo. 


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